Iniciativas bacanas de mães, pais, cuidadores, educadores, arquitetos, ativistas, gestores públicos, urbanistas, ambientalistas, profissionais de saúde e de todos os que estão empenhados em reconectar as crianças e adolescentes com a natureza!
Iniciativas bacanas de mães, pais, cuidadores, educadores, arquitetos, ativistas, gestores públicos, urbanistas, ambientalistas, profissionais de saúde e de todos os que estão empenhados em reconectar as crianças e adolescentes com a natureza!
“Em 2018, me tornei mãe. Ao visitar as possíveis escolas de educação infantil para o meu filho, fiquei chocada quando percebi que a grande maioria não dispunha de espaços que dessem às crianças oportunidades de contato diário com a natureza”, diz Danielle Camaratta, bióloga, paisagista e mãe do João. Empenhada em proporcionar ao seu filho uma infância conectada com a natureza, assim como a que ela mesma teve, a bióloga criou o Movimento Escola + Verde, seguindo o método “EPE” (Escolas, pessoas e entorno), para transformar o ambiente escolar e o espaço que o cerca por meio do paisagismo, do design biofílico e da educação ambiental.
O projeto está sendo implementado em articulação com a diretoria da Escola de Educação Infantil Boa Vista, conveniada com o município de Porto Alegre, que aposta no “lá fora” e em formações para sensibilizar pais e educadores sobre a importância do contato com a natureza. Nesse processo, o documentário “O Começo da Vida 2- Lá Fora”, trouxe novos olhares e renovou a confiança dos educadores para passar mais tempo com as crianças no pátio arborizado da escola. “Fiquei ainda mais animada e inspirada, pois o filme confirmava o que o meu coração cantava… ‘isso não está certo, precisamos de mais verde nas escolas’”, diz Danielle. “Acredito que só vivenciando internalizamos e reconhecemos a natureza dentro de nós”, conclui.
Uns dias após o plantio, Thybor, o pai de uma das crianças, mandou o seguinte depoimento:
“Theo e eu tivemos uma experiência inédita de pai e filho: plantamos amor. Parecia uma árvore, mas era puro carinho, afeto, atenção!!Cheguei meio tenso, como sempre, pois sei que meu Theo não gosta muito de demorar. Aliás, ao me ver ele já disparou: vamos embora, papai! Mas, aos poucos, fomos explicando pra ele o que seria feito, o peguei no colo e fomos caminhando para achar o Mundo Perdido. Perdido para mim, pois eu o coloquei no chão e Theo já saiu em disparada pelos caminhos que são tão conhecidos. Achamos um cantinho em que Theo se sentiu bem. Papai, mesmo gordinho, conseguiu abrir o buraco (que medo que eu estava de não conseguir!). E então o milagre aconteceu: Theo ajudou a plantar e, como se fosse uma brincadeira, regou a Primavera Amarela. Foram apenas alguns minutos, mas serão eternamente lembrados. Agradeço todo o carinho, atenção e dedicação.”
Há cinco anos, o engenheiro Luiz Gonzaga Trevisani, o Tio Gága, como é conhecido, começou a revitalizar uma área pública em Americana, no interior de São Paulo. Com a parceria da esposa, Arody Dias Trevisani, a Didi, eles transformaram 10 mil metros quadrados em um espaço para as crianças e famílias. Nascia, então, o Parque Tio Gága. A iniciativa encantou crianças e adultos. Inspirados por essa ação, diversas outras praças revitalizadas pela comunidade surgiram na cidade, como a Praça Malala, o Parque da Lilica, o Parque Vó Palmira e a Praça da Vó Ivone. “Gága transformou uma área abandonada, que vivia com mato alto, em um espaço maravilhoso, com brinquedos de madeira. Foi então que muitos começaram a perceber que a cidade tinha diversos locais que poderiam virar praças para as crianças brincarem livremente e terem contato com a natureza, como a Praça Malala, onde montamos brinquedos reaproveitando pneus”, conta Luiza Cazetta, uma das idealizadoras do lugar.