Educação Indígena e Biofilia, por Christiana Profice

19 Apr Educação Indígena e Biofilia, por Christiana Profice

A pesquisadora Christiana Profice, da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), localizada em Ilhéus, no sul da Bahia, vem se dedicando a estudar a relação das crianças indígenas com a natureza, especialmente sob a ótica da biofilia. Ela nos contou sobre seus estudos e descobertas em uma palestra no I Seminário Criança e Natureza realizado em São Paulo, em 2016.

Em seu mais recente artigo publicado em inglês, no Journal of Child and Adolescent Behavior, Christiana descreve os resultados de uma pesquisa realizada com 15 alunos e sua professora da Escola Tukum, uma das uma das 19 instituições nucleadas da Escola Estadual Indígena Tupinambá de Olivença (EEITO), localizada no sul do estado da Bahia, realizada entre 2014 e 2016.

A pesquisa mostra a claramente que, para as crianças indígenas, o mundo natural e o mundo humano não são universos excludentes e que os seres humanos não são tão separados dos demais seres vivos como as culturas ocidentais acreditam.

Nas palavras das crianças, quando perguntadas sobre para que a natureza serve, é muito bonito ver como há uma preocupação com seu próprio ser, uma condição da biofilia promovida pelo contato muito próximo e íntimo com o mundo natural.

Entre os achados da pesquisa, Christiana e seus colaboradores contam que o papel que a escola tem no processo educacional das crianças tupinambás não representa uma ruptura entre o conhecimento formal e o conhecimento indígena, mas sim uma continuidade no desenvolvimento de seu senso de pertencimento à natureza e à toda comunidade de seres vivos.

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