16 Sep A Terra está esquentando. E uma das soluções é “resfriar as escolas”!
A prefeitura de Barcelona, na Espanha, iniciou um projeto piloto que vai “resfriar” 11 escolas da cidade. A ideia é testar, nesses colégios, soluções que melhorem a qualidade do ar e a saúde, contribuindo para conter o aumento das temperaturas. Para isso, as escolas piloto vão receber um pacote de melhorias (plantios, captação de água e estruturas que gerem sombra) e devem se tornar parte de uma rede de “refúgios climáticos”.
A iniciativa está inserida em um plano maior da cidade, que decretou emergência climática e vem adotando várias medidas para se adaptar às mudanças decorrentes do aquecimento da Terra.
Nessas 11 escolas, as crianças vão participar tanto do processo de avaliação dos edifícios e do entorno, como do desenho e escolha das soluções (a prefeitura montou um cardápio básico). Batizada de “Verde, azul e cinza”, a proposta busca introduzir mais vegetação, água e também soluções arquitetônicas, como estruturas para gerar sombra (o cinza).
Antes de estender o projeto a todos os colégios da cidade, serão levantados os dados dessas 11 escolas piloto e comparados com os de outras que não receberam reformas, que servirão como grupo controle. Os alunos, junto com seus professores e os técnicos da prefeitura, devem participar também desse processo de monitoramento, medindo uma série de indicadores que mostram impactos na saúde e bem-estar, como os níveis de poluição do ar e o rendimento escolar.
Por que pensar nas escolas como esses pólos geradores de mudanças e soluções para a crise do clima? Porque elas estão distribuídas por todo o território, são locais conhecidos das pessoas e têm a capacidade de acolher a comunidade envolta (a ideia é que seus pátios fiquem abertos aos finais de semana). Além disso, as escolas são agentes de mudança e, como tais, devem incluir o programa em seus projetos pedagógicos (para isso, os professores receberão treinamento e material para trabalhar com os alunos). E, ainda, porque elas abrigam os mais vulneráveis com relação às mudanças do clima: as crianças!