SEMINÁRIO LATINO-AMERICANO CRIANÇA E NATUREZA 2018

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 Repensar as cidades se apresenta como uma necessidade e uma oportunidade de encontrar meios de trazer as crianças de volta para a rua e para o encontro com a natureza, reintegrar o brincar na malha urbana e deixar a cidade mais atraente para que elas circulem por suas vias com autonomia e segurança. Neste sentido, o “Seminário Latino-Americano Criança e Natureza 2018 – Cidades mais Verdes, Infâncias Urbanas”, realizado pelo programa Criança e Natureza, do Instituto Alana, em parceria com o Sesc São Paulo, trouxe especialistas e educadores do Brasil e, pela primeira vez, de outros países da América do Sul para refletir sobre as relações entre as crianças urbanas e a natureza. Os encontros aconteceram nos dias 6 e 7 de junho, no Sesc Interlagos, em São Paulo, das 9h às 17h.

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Abertura institucional Sesc SP e Instituto Alana I 3º Seminário Criança e Natureza (I)
Abertura institucional Sesc SP e Instituto Alana I 3º Seminário Criança e Natureza (I)
Em sua fala de abertura, o diretor regional do Sesc SP, Danilo Santos de Miranda, destaca o alinhamento da missão do Sesc SP com os objetivos do programa Criança e Natureza, ressaltando as ações que a instituição realiza para proporcionar contato com a natureza às diferentes infâncias em ambientes urbanos. Em seguida, Ana Lúcia Villela, presidente do Instituto Alana, abre oficialmente o seminário contextualizando o tema criança e natureza nas cidades. Ela destaca a importância da contribuição do Sesc SP que, além de abrir suas portas para o evento, dedicou a programação de suas unidades durante um mês inteiro ao tema criança e natureza.
Panorama Criança, Natureza e Cidades I 3º Seminário Criança e Natureza (II)
Panorama Criança, Natureza e Cidades I 3º Seminário Criança e Natureza (II)
Na conferência de abertura, o peruano Joaquín Leguía, fundador e diretor da Asociación para la Niñez y su Ambiente (ANIA) explica como funciona a metodologia “Tierra de niñas, niños y jóvenes” (TiNi). Por meio de um processo lúdico, prático e afetivo, a TiNi incentiva crianças a transformarem seus espaços, tornando-se agentes de mudança com valores e atitudes em favor da vida. Reconhecida pela UNESCO como boa prática de educação para o desenvolvimento sustentável, a TiNi, criada por Leguía, tornou-se política pública em algumas cidades da América Latina. A mediação é de Laís Fleury, coordenadora do programa Criança e Natureza.
Natureza da Criança e Direito à Natureza I 3º Seminário Criança e Natureza (III)
Natureza da Criança e Direito à Natureza I 3º Seminário Criança e Natureza (III)
Nesta mesa, o artista plástico e teólogo Gandhy Piorsky discute as narrativas da infância, seus artefatos, brinquedos e linguagens, e como esta criação acontece no contato com a natureza; Pedro Hartung, advogado e coordenador do programa Prioridade Absoluta do Alana, traz subsídios jurídicos para discutir e fazer valer o direito ao brincar, ao contato com a natureza e à cidade, previstos na Constituição de 1988; e o arquiteto Max Correa Malschafsky apresenta a experiência da Fundación Mi Parque, do Chile, que lidera com a missão de melhorar a qualidade de vida em bairros vulneráveis.. A mediação é de Irene Quintáns, arquiteta, urbanista e fundadora e diretora da rede latino-americana OCARA, de experiências e projetos com a participação de crianças.
Cidade e Participação da Criança I 3º Seminário Criança e Natureza (IV)
Cidade e Participação da Criança I 3º Seminário Criança e Natureza (IV)
Esta mesa apresenta experiências recentes que demonstram a viabilidade de envolver crianças em processos participativos relacionados à ocupação e à apropriação dos espaços públicos. O arquiteto, urbanista e professor da USP, Pedro Fiori Arantes, fala sobre cidades e a tentativa de construção de um campus universitário dedicado ao tema de cidades e educação na UNIFESP; Catharina dos Santos Lima, arquiteta, urbanista e professora da USP conta sobre sua experiência à frente do Laboratório Paisagem Arte e Cultura (LABPARC), onde desenvolve trabalhos sobre a participação de crianças em projetos de espaços públicos livres em periferias; e a argentina Carolina Balparda apresenta a experiência Ciudad de Los Niños, do município de Rosário, criada para promover a participação de crianças na criação de políticas públicas. A mediação é de Fernanda Regaldo, pesquisadora de dinâmicas urbanas e práticas espaciais.
Programas do Sesc São Paulo I 3º Seminário Criança e Natureza (V)
Programas do Sesc São Paulo I 3º Seminário Criança e Natureza (V)
Representantes da equipe do Sesc SP apresentam a estrutura da instituição, que conta com 42 unidades no estado, e relatam as experiências e programas nas áreas de infância, juventude e educação para a sustentabilidade e a cidadania. As práticas desses programas variam de acordo com as características físicas e a localização de cada unidade, e são planejadas em função das demandas do público local e das possibilidades de oferta de espaços para o brincar e para o contato com a natureza.
Natureza, Saúde e Bem-estar I 3º Seminário Criança e Natureza (VI)
Natureza, Saúde e Bem-estar I 3º Seminário Criança e Natureza (VI)
Esta mesa apresenta um debate sobre estratégias de saúde integral, que aproximam as pessoas da natureza e a natureza das pessoas. A médica e professora da Faculdade de Medicina da USP, Thaís Mauad, apresenta estudos sobre a relação direta entre saúde da população e presença de áreas verdes nos grandes centros urbanos; o biólogo, ornitólogo e pesquisador do Instituto Butantan, Luciano Lima, discute a relação entre a vivência com a natureza na infância e a predisposição a contribuir com sua conservação na vida adulta; e Doris Erlwein apresenta sua experiência à frente da Fundación Inspira, do Peru, que cria áreas verdes em clínicas e hospitais como medida para a melhoria da saúde de pacientes e comunidades hospitalares. A mediação é de Juliana Gatti, idealizadora do Instituto Árvores Vivas.
Educação, Natureza e Território I 3º Seminário Criança e Natureza (VII)
Educação, Natureza e Território I 3º Seminário Criança e Natureza (VII)
Esta mesa propõe uma discussão sobre o tema por meio do olhar para a comunidade e seu contexto, e apresenta iniciativas de ressignificação de espaços, tempos e rotinas para que as crianças aproveitem os pátios escolares e outros territórios educativos como ambientes de aprendizado e brincar livre. A pesquisadora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ, Beatriz Goulart, propõe criar um campo de diálogo que permita aprofundar a discussão sobre território e a expansão da ideia de escola, de infância, de educação e de natureza; Angela Ibañez apresenta sua experiência à frente da Fundación Patio Vivo do Chile, organização que contribui para transformar pátios escolares em uma ferramenta pedagógica que promove hábitos de vida saudáveis e contato com a natureza. A mediação da mesa é de Natasha Costa, psicóloga e Diretora Geral da Associação Cidade Escola Aprendiz.

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