Natureza é saúde

Grupo de especialistas lança manifesto para incentivar o governo e a sociedade a incluir, em suas políticas públicas e ações, a relação inseparável entre saúde e Natureza
Criança brincando ar ar livre, em espaço arborizado. Manifesto saúde e natureza.

23 fev Natureza é saúde

O contato com a Natureza é essencial para nossa saúde física, mental e emocional. Já são inúmeros os artigos científicos que comprovam essa relação e os benefícios de propiciar vivências cotidianas na natureza para todas as idades, o que estimula também o bem estar e a criatividade. Para colocar essa constatação em foco (e em prática!), um grupo de especialistas em conservação ambiental e em saúde, “Rede Saúde e Natureza Brasil”, está lançando um manifesto e convidando outras instituições e pessoas a assiná-lo. O documento defende incluir a relação entre saúde e natureza nas políticas públicas do novo governo e nas ações da sociedade.

“Diante da crise ambiental global, a proposta é que o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e o Ministério da Saúde incorporem as relações entre saúde e natureza em seus programas, serviços e departamentos”, explica Cláudio Maretti, doutor em geografia e especialista em áreas protegidas. “E também que trabalhem esses temas e as ações decorrentes em parceria com outros ministérios e instituições, com a participação de governos estaduais e municipais, de organizações da sociedade civil, do setor privado, de associações comunitárias e outros atores que já vem promovendo iniciativas nesse sentido.”

O manifesto foi construído de forma colaborativa pelos integrantes da “Rede Saúde e Natureza Brasil” e cerca de 40 pessoas e instituições já aderiram. Para saber mais sobre suas propostas e assinar, basta acessar este link. Nele estão disponíveis também documentos e referências que fundamentam o pedido.

Após o recolhimento das adesões, o manifesto será encaminhado para as ministras da Saúde e do Meio Ambiente e Mudança do Clima, assim como para as presidências da Fiocruz e do Instituto Chico Mendes (ICMBio), entre outras autoridades, para que possam tomar providências.

“O país vive um momento propício para criar mais consciência, para agir conjuntamente, estancar a devastação e promover saúde. Não existe divisão: o que fazemos à natureza tem consequência em nós. Nós somos natureza. E o foco precisa estar nas crianças, que têm direito a um meio ambiente equilibrado e devem ser atendidas com prioridade absoluta, como determina a nossa Constituição Federal”, diz Bebel Barros, integrante da rede e pesquisadora do programa Criança e Natureza, do Instituto Alana.