Projetos brasileiros: inspiração para o mundo

Dois projetos brasileiros são selecionados e participam de movimento global que busca incluir mais natureza e promover aprendizagem ao ar livre nas escolas
mão de criança toca em pedra com musgo

28 abr Projetos brasileiros: inspiração para o mundo

Tem um assunto reverberando em todo o planeta: como incluir mais verde e promover uma aprendizagem ao ar livre? Dois projetos brasileiros que promovem natureza nas escolas foram selecionados e vem participando de um movimento global (Greening Schoolyards and outdoor Learning) que mapeou e vem recolhendo boas práticas e conectando pessoas, projetos, governos e instituições em países tão diferentes como Índia, Bélgica, Marrocos, Estados Unidos, Canadá, Peru, Bolívia, Camarões … e no nosso país também, claro!

Durante 18 meses, mais de 200 iniciativas foram mapeadas e dois projetos inspiradores do Brasil foram selecionados: o movimento Quintais Brincantes e o Programa Escola Inovadora, do município de Jundiaí. O primeiro resgata nossa cultura popular e nossa conexão ancestral com a natureza e procura traduzir isso em práticas e vivências com crianças espalhadas por quintais em todo o país, além de produzir pesquisa e reflexão. Já o programa Escola Inovadora instituiu uma política pública que procura desemparedar as crianças da cidade.

Mas por que todo esse alvoroço em verdejar escolas e incorporar aprendizagem ao ar livre?

Porque espaços com mais natureza, nos quais as crianças possam brincar e aprender em contato com ela, trazem benefícios tanto para as infâncias – ao promover saúde física, mental e habilidades sociais e cognitivas – quanto para o planeta. Escolas mais verdes, espalhadas por todo o território, contribuem para amenizar os impactos das mudanças climáticas, como ondas de calor extremo, chuvas torrenciais ou secas prolongadas. Ou seja: todos ganham.

“O Brasil profundo, indígena, quilombola, ribeirinho tem uma conexão profunda com a natureza. Temos centenas de práticas, músicas, fazeres, toda uma cultura conectada com os ambientes naturais que é possível resgatar, promover, trazer à tona”, diz a educadora Mariana Benchimol, pesquisadora que faz parte do conselho deliberativo do Movimento Quintais Brincantes. “Nesse sentido, o Brasil é inspiração e tem muito a contribuir. Está na hora de abandonar uma visão colonizadora, de que tudo o que é bom só vem de fora”, completa. 

Quer saber mais sobre esse assunto? Em setembro acontecerá a Conferência Internacional Espaços Naturalizados para as Infâncias,, e tanto os Quintais Brincantes quanto o movimento Greening Schoolyards and outdoor Learning estarão representados e presentes  para contar sobre suas iniciativas e trocar experiências.

Na página da Conferência Internacional Espaços Naturalizados para as Infâncias, que acontecerá de 20 a 23 de setembro, em São Paulo, você pode deixar seu email para receber uma notificação quando abrirem as inscrições.

Nesta página você assiste aos vídeos dos 13 projetos selecionados como boas práticas pelo movimento Greening Schoolyards and outdoor Learning e têm mais informações sobre essa iniciativa, da qual o Instituto Alana faz parte